O que é Constelação Familiar? Uma Visão Científica e Transformadora

A Constelação Familiar é um método terapêutico desenvolvido por Bert Hellinger que permite revelar e reorganizar dinâmicas ocultas nos sistemas familiares. Mais do que uma técnica, trata-se de uma abordagem fenomenológica que considera o indivíduo em seu contexto sistêmico, abrangendo gerações passadas e influências inconscientes.

Uma nova forma de conhecer: o olhar fenomenológico

No livro A Fonte Não Precisa Perguntar Pelo Caminho, Hellinger afirma:

“A constelação familiar é resultado de um caminho fenomenológico do conhecimento.”

Ao contrário de abordagens analíticas ou interpretativas, a fenomenologia nos convida a esvaziar nossas expectativas e julgamentos, para que a realidade se revele por si mesma. Esse método permite acessar informações que não estão no discurso do cliente, mas no campo que se manifesta no momento da constelação.

Como funciona uma Constelação?

Durante uma sessão, o cliente escolhe representantes para membros de sua família entre os participantes do grupo. Em silêncio, ele os posiciona intuitivamente no espaço. A partir disso, algo surpreendente ocorre: os representantes passam a sentir emoções, sensações e impulsos que refletem com precisão a vivência dos membros reais da família.

“As pessoas que ele escolheu sentem como as pessoas que representam, sem que tenham qualquer ideia das mesmas. Elas sentem até os seus sintomas.” – Hellinger:contentReference[oaicite:1]{index=1}

Essas reações revelam emaranhamentos sistêmicos, exclusões, inversões de papéis e lealdades invisíveis que impactam a vida do cliente de forma profunda.

Ciência e Constelação: é possível unir?

Embora a Constelação Familiar tenha raízes filosóficas e espirituais, ela tem sido integrada a práticas em psicologia, educação, justiça e saúde. Em A Simetria Oculta do Amor, Bert Hellinger afirma que:

“As constelações são imagens do que foi e poderia ser. São como trechos de panoramas. O melhor é permitir que a nova imagem produza efeitos por si mesma.”:contentReference[oaicite:2]{index=2}

O campo morfogenético – uma hipótese proposta por Rupert Sheldrake – tem sido usado para explicar como representantes conseguem acessar informações de outros membros do sistema. É nesse ponto que a ciência encontra um novo paradigma: o da interconexão sistêmica.

Para quem é a Constelação Familiar?

Qualquer pessoa pode se beneficiar. Questões como relacionamentos difíceis, doenças recorrentes, traumas familiares, bloqueios profissionais ou sensação de “não pertencer” costumam ter raízes sistêmicas. A constelação não promete cura imediata, mas promove consciência e reconexão com o fluxo do amor, o que pode resultar em profundas transformações.

É seguro?

Sim, desde que conduzido por um profissional formado e respeitoso com a técnica. Como alerta Hellinger,

“Se a constelação serve mais à curiosidade, perde sua força. Do fogo talvez fiquem só cinzas.”:contentReference[oaicite:3]{index=3}

É por isso que a postura do constelador deve ser de humildade, precisão e serviço à vida.

O convite

Você já se perguntou quantos dos seus desafios realmente são seus? Ou quantos vêm da lealdade invisível aos destinos dos seus antepassados?

Convido você a olhar para sua história com um novo olhar. Este é apenas o primeiro passo de nossa jornada.
No próximo post , vamos explorar como uma sessão de Constelação acontece – e o que você pode esperar dela.

Com afeto e profundidade,
Fátima Aguiar da Silva
Coordenadora de Pós-Graduação em Constelação Familiar
Fundadora do Instituto Constelamor