
Como Funciona uma Sessão de Constelação Familiar? A Imagem que Cura
Você já sentiu que repete padrões que não entende? Já viveu dores que parecem não ser suas? Uma sessão de Constelação Familiar pode revelar imagens ocultas por trás de histórias interrompidas. Trata-se de um processo vivo, profundo e muitas vezes silencioso, que revela e ordena aquilo que há muito tempo grita no invisível.
Bert Hellinger nos mostra que “as constelações familiares se desenvolvem em três fases: a imagem da dor, a busca da solução e a imagem da nova ordem”:contentReference[oaicite:0]{index=0}. A primeira imagem mostra como o cliente vê — ou sente — sua realidade interna, profundamente influenciada por seus vínculos familiares e lealdades inconscientes. Mas como isso é feito, na prática?
1. Escolha dos Representantes
O cliente escolhe, dentro do grupo presente, representantes para si e para membros significativos de sua família — pai, mãe, irmãos, avós, cônjuges ou até ausências. A escolha não se dá por aparência, mas por ressonância interna. Muitas vezes, o próprio facilitador escolhe, com base em uma postura fenomenológica: o essencial deve emergir, e não ser dirigido pela intenção do ego.
Segundo Hellinger, “não é necessário escolher pessoas semelhantes fisicamente. O mais importante é o sentimento interno. A postura interior do cliente é decisiva”:contentReference[oaicite:1]{index=1}.
2. Posicionamento no Espaço
O cliente conduz os representantes aos seus lugares no campo. Com as mãos nos ombros, o coloca no espaço com um movimento silencioso e respeitoso. Esse gesto já contém uma conexão que transcende o racional. É como se, ao tocar o outro, o cliente dissesse: “Aqui está a verdade que não foi dita”.
Durante esse processo, o facilitador observa. Ele não interpreta, apenas sente junto. Como afirma Hellinger: “Trabalho com o que se mostra. A constelação não depende de mim, mas de que algo venha à luz, e eu me exponho ao que vem como é”:contentReference[oaicite:2]{index=2}.
3. A Revelação do Campo
Uma vez posicionados, os representantes começam a sentir o que pertence àquela história. Movimentos sutis, olhares, dores, calafrios. Alguns choram, outros se afastam, outros sentem um amor inexplicável. Rupert Sheldrake, cuja teoria dos campos mórficos inspirou profundamente Hellinger, explica que existe um “campo de memória coletiva” que informa e molda os sistemas vivos.
“Os representantes não estão representando papéis, eles são tomados por algo maior: o saber do campo”:contentReference[oaicite:3]{index=3}.
4. O Movimento para a Solução
O facilitador, com poucas palavras ou um leve toque, convida pequenos ajustes no sistema. Às vezes, é a introdução de um membro excluído. Às vezes, uma frase de reconciliação: “Eu vejo você. Agora você tem um lugar.”
Esse movimento não é dramático. Ele é sagrado. É, nas palavras de Hellinger, “uma cerimônia de reconciliação onde cada um retorna ao seu lugar no amor”:contentReference[oaicite:4]{index=4}.
5. O Fechamento Silencioso
Após a nova imagem ser estabelecida, o cliente a contempla. Nada precisa ser feito de imediato. “O melhor que se tem a fazer após uma constelação é não fazer nada. Apenas permitir que a imagem atue por si só”:contentReference[oaicite:5]{index=5}.
A constelação não é conselho. É vivência. E a imagem que cura segue viva, reverberando na alma e no campo familiar por semanas, meses ou anos.
“As constelações familiares são como fotografias de alma. Elas não mostram tudo, mas mostram o suficiente para que algo profundo possa mudar.” – Bert Hellinger
Esse é o espaço onde a dor se revela para ser transformada. Onde o que era oculto é finalmente olhado com amor.
Fátima Aguiar da Silva
Coordenadora de Pós-Graduação em Constelação Familiar
Fundadora do Instituto Constelamor

Quem é Fátima Aguiar?
A Mulher por Trás do Campo
- Mais de 20 anos de experiência com Constelação Familiar e Sistêmica
- Métodos próprios aplicados em mais de 14 países
- Formação com mestres como Bert e Sophie Hellinger, Mimansa Farny, Peter Spelter e Cursos com Joan Garriga.
Fátima iniciou sua jornada quando percebeu, em sua própria vida, padrões invisíveis se repetindo. Buscou respostas além da psicologia tradicional e encontrou na Constelação Familiar o caminho de volta para si — e para a verdade dos seus ancestrais.
Hoje, conduz formações profundas, vivências transformadoras e acompanha pessoas que querem ir além do visível. Sua missão é simples: curar histórias, para liberar futuros.